Acusados de matar advogado em 2013 são absolvidos pelo júri popular

Segundo a acusação, a causa do assassinato foi o fim de um relacionamento amoroso entre a vítima e um dos réus

Julgamento começou 14h da última segunda (21) e terminou 0h desta terça (22), no auditório da 1ª Vara do Júri, no Fórum Clóvis Beviláqua ( Foto: Jorge Alves )

Os acusados de matar o advogado Evaneudo Soares Martins no bairro Antônio Bezerra, em 2013, os bombeiros hidráulicos Cleiton Silva de Sousa e Antônio Silvano Alves foram absolvidos pelo júri popular na 1ª Vara do Júri de Fortaleza, que começou às 15h da última segunda-feira (21) e terminou apenas às 0h desta terça (22). A dupla estava presa desde fevereiro de 2014.

O Ministério Público do Ceará (MPCE), responsável pela acusação, afirmou que o fim de um relacionamento amoroso entre Evaneudo e Cleiton, com regalias financeiras para o bombeiro hidráulico, teria provocado o assassinato do advogado, com o auxílio de Antônio Silvano.

De acordo com a denúncia do MPCE, no dia 12 de agosto de 2013, por volta das 18h, Cleiton foi à casa de Evaneudo - que ele já conhecia e trabalhava próximo - e em seis minutos matou o advogado a facadas e furtou objetos de valor da residência. Na saída, um veículo que seria de Silvano esperava o suspeito. Minutos depois, duas mulheres foram ao local do crime e encontraram o homem morto.

A defesa, constituída pela Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará, alegou negativa de autoria dos réus, apresentando o álibi de que eles estavam trabalhando em outro local, no momento do homicídio.

A reportagem tentou entrar em contato com o MPCE e com a Defensoria após o julgamento, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.

Família pede 'justiça de Deus'

A sobrinha de Evaneudo, Rylla Martins, desconhecia o relacionamento amoroso entre o tio e o acusado. Para ela, a tese do Ministério Público foi bem elaborada, mas o inquérito policial continha falhas, que foram aproveitadas pela defesa.

Segundo Rylla, a família do advogado morto acredita na culpa dos acusados e está triste com a decisão do júri. "O sentimento, infelizmente, é de que escaparam da justiça do homem, mas da justiça de Deus não vão. O mais importante foi a vida dele, que não volta mais. Espero que agora Deus conforte os nossos corações", contou a sobrinha da vítima.

Fonte:DN