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Cartaz de evento sobre 'cura gay' gera revolta nas redes e palestrante se defende: 'Foi totalmente errado'

A cartaz divulgado pela Igreja provocou revolta nas redes sociais Foto: Reprodução/Facebook
O convite para uma palestra publicado no Facebook de uma igreja evangélica de Belo Horizonte está gerando revolta nas redes sociais. O cartaz divulgava como tema da conversa "Como prevenir e reverter a homossexualidade". A palestra seria ministrada pela pastora Isildinha Muradas. Após a repercussão negativa nas redes sociais, a unidade Portugal da Igreja Batista Getsêmani, que fica na região da Pampulha, apagou a publicação e fez uma nova, com um tema diferente: "Orientando pais sobre a sexualidade de seus filhos".

As publicações geraram polêmica nas redes sociais
As publicações geraram polêmica nas redes sociais Foto: Reprodução/Facebook

No novo convite, publicado nesta terça-feira, foi modificado ainda o título da palestrante. Isildinha Muradas, que antes era identificada como psicopedagoga, está apenas como Pastora na nova versão. A mudança também aconteceu após internautas afirmarem que ela não era psicopedagoga. Em nota publicada em sua página oficial, a Associação Brasileira de Psicopedagogia informou que a pastora não se encontra na lista de associados.
"A Associação Brasileira de Psicopedagogia seção Minas Gerais comunica que a Srª Isildinha Muradas, que se intitula psicopedagoga, não se encontra na relação de associados da ABPp-MG. Comunicamos que a ABPp-MG é contrária a qualquer tipo de discriminação, inclusive de gênero, e não apoia a utilização da área da Psicopedagogia para promoção de qualquer evento dessa natureza".

***COMUNICADO***
A Associação Brasileira de Psicopedagogia seção Minas Gerais comunica que a Srª ISILDINHA MURADAS, que se intitula psicopedagoga, não se encontra na relação de associados da ABPp-MG.
Comunicamos que a ABPp-MG é contraria a qualquer tipo de discriminação, inclusive de gênero, e não apoia a utilização da área da Psicopedagogia para promoção de qualquer evento dessa natureza.
Atenciosamente,...
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Na nova publicação, porém, os comentários permanecem sendo negativos. Um dos usuários questiona a Igreja. "Por que a palestra não é de como respeitar o próximo, ter amor ao próximo, coisa que está faltando muito hoje em dia?".
A pastora Isildinha Muradas afirmou que não foi a responsável pela publicação e que o nome da palestra foi publicado de forma equivocada pela Igreja.
- Foi totalmente errado e publicado sem minha ciência. Eu venho anunciando na minha página essa palestra desde o dia 6 de novembro com o nome correto 'Orientando pais sobre a sexualidade de seus filhos'. A Igreja resolveu fazer uma publicação própria e alterou o título e a minha profissão. Sou odontopediatra e pedagoga, mas não exerço regularmente a profissão. Faço apenas um trabalho de educação religiosa na igreja. Não tenho objetivo de falar sobre reversão e cura gay. Não é essa minha proposta. Eu não fomento a homofobia. Quero falar sobre como os pais podem lidar com as dificuldades que os filhos têm na escola e como pais cristãos podem agir - se defendeu.
Ainda de acordo com a pastora, ela soube da repercussão do cartaz na manhã desta terça-feira.
- Soube pelas minhas redes sociais quando acordei e vi a enxurrada de mensagens e ofensas que recebi. Foi aí que entendi o que tinha acontecido. Fechei minhas redes para esperar isso passar um pouco. Eu acredito que, quando a gente tem uma causa e luta por ela, tem formas de lutar. O movimento LGBT exige respeito e eu acredito no sofrimento deles e no preconceito que sofrem. Mas acredito que eles também precisam conversar. Se eu tivesse recebido mensagens perguntando 'pastora, é isso mesmo?' antes de me ofenderem, haveria um diálogo - disse.
Procurada pelo EXTRA, a Igreja Batista Getsêmani ainda não retornou às ligações. Apesar da reformulação do evento e da repercussão nas redes sociais, a palestra de Isildinha Muradas, está mantida para a próxima quinta-feira. Segundo a pastora, o evento permanecerá aberto ao público e ela estará disponível para esclarecer dúvidas sobre a questão.
- Pode haver protestos, é claro. Eu só espero que as pessoas que se dirigirem para lá sejam educadas. Eu faço questão que a palestra seja aberta até para desmitificar o ocorrido - declarou.

Fonte:Extra

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