Dançarinas do Rebola Embola, de 'Rock story', se inspiram no É o Tchan
Carolinne Oliveira e Débora Polistchuck, respectivamente, a morena e a loura do Rebola Embola Foto: Urbano Erbiste
Luz na passarela que lá vêm elas... No palco da churrascaria que é point em “Rock story”, um movimento musical dos anos 90 está de volta tendo como representante o Rebola Embola, grupo livremente inspirado no icônico É o Tchan. A “reprodução de época” tem direito, inclusive, a uma dançarina loura, vivida por Débora Polistchuck, e uma morena, papel que coube a Carolinne Oliveira. Qualquer semelhança com Scheila Carvalho, Sheila Mello, Carla Perez e cia. não é mera coincidência.
Profissional de dança desde os 16 anos e praticante por paixão desde a infância, Débora se sente em casa quando o diretor da novela das sete, Dennis Carvalho, dá o comando para soltar o corpo ao som da banda que tem Nelson (Thelmo Fernandes) como vocalista.
— Comecei a dançar com 3 anos e não parei mais. Fiz balé clássico, jazz, dança contemporânea, flamenco, hip hop e sapateado. Não sou atriz, sou bailarina, mas vou buscar uma formação em interpretação e também quero investir cada vez mais nas aulas de canto. Já fiz três musicais — “Chacrinha”, “O primeiro musical a gente nunca esquece” e “Rock in Rio” — e quero estar preparada para ser escalada para muitos outros — conta a loura, que deu vida a uma chacrete no espetáculo em homenagem ao Velho Guerreiro.
Enquanto novas oportunidades no teatro não chegam, Débora concilia as gravações de “Rock story” com o carnaval, já que é integrante da comissão de frente da Unidos da Tijuca.
— Sou do carnaval, das escolas de samba, dos blocos de rua.... Esse é o meu terceiro ano na comissão de frente da Unidos da Tijuca, e os ensaios já estão em um ritmo bem intenso. O carnaval e a dança são as grandes paixões da minha vida — afirma a carioca, de 23 anos, que está solteira.
O pop e o rock não estão entre os estilos favoritos da loura, o que não a impede de se apresentar eventualmente ao lado da cantora Anitta:
— Danço em alguns shows dela, quando é necessário um número maior de bailarinos. Participei do clipe da música “Show das poderosas”. Vivo de dança, empresto a minha arte a diversos trabalhos, mas “Rock story” está sendo especial porque me chamavam de Carla Perez quando eu era criança. Eu fazia todas as coreografias!
Não menos dançante é Carolinne, a outra integrante do Rebola Embola. Gaúcha, a moça foi Rainha do Carnaval em Porto Alegre e pratica balé, jazz e dança do ventre desde a infância. Mas, diferentemente de sua dupla na trama de Maria Helena Nascimento, ela não é uma profissional na arte de bailar.
— Sou uma atriz no papel de uma bailarina e também vou me lançar como cantora. A dança é um presente na minha vida, mas é hobby — pontua a artista, que apresentou o programa “Pampa kids” quando ainda morava no Rio Grande do Sul.
O grupo É o Tchan se reencontrou no “Caldeirão do Huck” Foto: Divulgação / Gshow
Em comum, as duas têm a memória afetiva que serviu de inspiração para o trabalho na novela das sete:
— Sou da geração É o Tchan. Quando criança, minhas festas tocavam as músicas do grupo. Eu era fã da Débora Brasil, me identificava porque ela é negra. Depois fiquei fã da Scheila Carvalho. Sonhava ser morena do É o Tchan. Estou realizando um desejo de menina.
Na ficção, Carolinne tem a missão de ocupar no Rebola Embola o posto que um dia coube a Edith, personagem de Viviane Araújo.
— É muita responsabilidade. Vivi é um símbolo de beleza e samba, e Edith ainda tem saudade do seu tempo de dançarina — observa a estudante de Cinema, de 26 anos.
Parece que quem segura o “tchan” uma vez na vida não esquece jamais. Se em “Rock story” Edith ainda lembra da época em que brilhava no Rebola Embola, fora da novela, a história se repete. Lá se vão 12 anos desde que Scheila Carvalho — vitoriosa no concurso que disputou com Viviane Araújo — deixou o grupo, mas parece que foi ontem.
— Tenho muita saudade dos palcos, dos tempos do É o Tchan, tanto é que até hoje não abandonei a dança. Danço com a minha filha (Giulia, de 6 anos) em casa e tenho feito eventos corporativos em academias, participando de aulas de dança. Não tem jeito: essa é minha paixão eterna. Só não sinto falta das viagens que fazia com o grupo, que eram muito cansativas. Mas tenho muita saudade da energia dos shows — recorda a morena, casada há dez anos com o cantor Tony Salles.
Loura que teve a missão de substituir Carla Perez, Sheila Mello também tem boas recordações do tempo em que dançava no É o Tchan:
— Lembro principalmente da emoção, do nervosismo que antecedia a hora de subir ao palco. Adorava escutar o burburinho do público. O melhor era viajar de ônibus. Gostava de ir na frente com o motorista, tinha a sensação de estar desbravando o mundo. A dança me salvou — constata, explicando que a profissão foi fundamental para conquistar uma vida saudável: — Quando era adolescente, se eu dava um trago no cigarro, no outro dia, não conseguia dançar. Como ficava preocupada com o meu condicionamento físico, não fumava e acabei sendo levada por um caminho superlegal!
Fonte:Extra
Nenhum comentário
Deixe Seu Comentário. Sua Opinião é Muito Importante