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Dos 35 mandados de prisão, dez são contra familiares do traficante Beira-Mar

Alessandra da Costa, irmã de Beira Mar, foi presa em Duque de Caxias Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo


Dos 35 mandados de prisão que estão sendo cumpridos pela Operação Epístolas, da Polícia Federal, dez foram expedidos contra parentes e três contra advogados de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Ma. Cinco filhos do criminoso, uma ex-mulher, a sogra e sobrinhos estão entre os que tiveram a prisão preventiva solicitada, além da advogada Alessandra da Costa, irmã de Beira Mar, que foi presa pela manhã, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os agentes cumprem ainda 27 mandados de condução coercitiva.
Até o início da tarde desta quarta-feira, haviam sido presas 24 pessoas, sendo 14 no estado do Rio. Também houve apreensão de R$ 100 mil em espécie, cestas básicas e cigarros. Um dos filhos do traficante, Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, foi capturado na Paraíba. Outro filho de Beira Mar, que mora em Mato Grosso, está foragido.
Preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, o traficante deve ser transferido ainda nesta quarta-feira, de acordo com o delegado federal Leonardo Marino, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de Rondônia. Segundo o delegado, Beira Mar prestava depoimento no presídio, nesta manhã, e seria transferido logo em seguida para local não divulgado.
Segundo as investigações, mesmo atrás das grades, o criminoso diversificou sua atuação em 13 comunidades de Duque de Caxias. As atividades ilegais rendiam um lucro mensal cerca de R$ 1 milhão.
— A operação demonstra que, mesmo recluso há anos, o principal investigado ainda detém o controle do tráfico de drogas e de diversas outras atividades em comunidades de Duque de Caxias. Desde a venda de gás, até internet, cigarros, bebida e caça-níquel — afirmou Leonardo Marino: — Ele controlava todas as ações. Ninguém poderia fazer nenhuma atividade sem seu consentimento.
Beira-Mar comandava a quadrilha por meio de mensagens de papel, que eram digitalizadas e repassadas via e-mail pela técnica chamado pela PF de caixa morta. Mensagens eram escritas e salvas nos rascunhos, para que outras pessoas lessem e apagassem, sem que o texto fosse enviado a outro endereço de e-mail.
A investigação, segundo a Polícia Federal, começou quando agentes penintenciários encontraram um bilhete em pedaços dentro de uma quentinha. O rastro levou à descoberta de todo o esquema.
— Beira-Mar não tinha visita íntima. Ele escrevia os bilhetes dentro da cela e repassava para o detento da cela ao lado, que tinha direito a receber visita. Esse detento passava o bilhete para esposa, que escondia nas partes intimas. Isso passava despercebido nas revistas — destalha o Marino, destacando que, essa esposa do detento, era um dos braços direitos do traficante, em Rondônia.
Ao todo, são cumpridos nesta quarta-feira 22 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e 85 de busca e apreensão. Outras 27 pessoas estão sendo conduzidas coercitivamente a depor.
A investigação bloqueou 51 contas bancárias que eram movimentadas por parentes do traficante. Somadas, elas reuniam o montante de R$ 9 milhões. A Polícia Federal também identificou um patrimônio equivalente a R$ 30 milhões de reais.


Fonte:Extra

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