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PF cumpre mandados de prisão contra quadrilha de Fernandinho Beira-Mar

Um carro da PF em frente ao condomínio onde mora a irmã de Beira-Mar Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Epístolas contra a quadrilha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Segundo as investigações, mesmo preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, o criminoso expandiu sua área de atuação e tem um lucro mensal de R$ 1 milhão com os crimes. As informações são dos telejornais "Bom Dia Rio" e "Bom Dia Brasil".
Beira-Mar comandava a quadrilha por meio de mensagens de papel e de celular. A investigação começou quando agentes penintenciários encontraram um bilhete em pedaços dentro de uma quentinha.
De acordo com a PF, além do tráfico, ele também explora caça-níqueis, a venda de botijões de gás, de cestas básicas, de cigarros, a circulação de mototáxis e até mesmo o abastecimento de água.
O traficante Fernandinho Beira-Mar
O traficante Fernandinho Beira-Mar Foto: Fernando Quevedo / Agência O Globo
Já estão presos um filho de Beira-Mar — ele foi capturado na Paraíba — e um homem de confiança do traficante, no Ceará. Os agentes visam a cumprir outros 33 mandados de prisão, 27 de condução coercitiva e 86 de busca e apreensão. A ação acontece simultaneamente no Rio, em Rondônia, no Mato Grosso do Sul, na Paraíba, no Ceará e no Distrito Federal.
Há equipes da PF em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde estão os principais redutos de Fernandinho, que são as favelas Beira-Mar, Parque das Missões e Parque Boavista. Um dos focos da ação é um condomínio de luxo em Caxias, onde mora a irmã de Beira-Mar, Alessandra Costa. Ela é apontada pelo Ministério Público Federal como conselheira do traficante e acusada de formação de organização criminosa e de lavagem de dinheiro.
Além dos mandados de prisão e de apreensão, outra medida é o bloqueio R$ 9 milhões depositados em 51 contas bancárias e suspensão de atividades comerciais de nove empresas. De acordo com a investigação, o dinheiro do tráfico internacional de drogas era dirigido a essas empresas. Em troca, os empresários levavam parte do montante.
Beira-Mar é também investigado por influência política, porque teria indicado nomes para a Câmara de Vereadores de Caxias.
Bilhete picotado em marmita
A investigação sobre a quatrilha de Beira-Mar começou há cerca de um ano, após um bilhete picotado ser encontrado por agentes federais numa marmita, na Penitenciária de Porto Velho. A anotação foi reconstituída e um exame grafotécnico atestou que a letra era do traficante.
Foram apreendidos, ao todo, cerca de 50 bilhetes — alguns escritos por Beira-mar e outros dirigidos a ele. Graças às anotações a polícia identificou ordens do traficantes a cúmplices que estavam em liberdade.
A PF esclareceu que as mensagens chegavam para Beira-Mar e eram enviadas por ele "por um esquema altamente elaborado e sofisticado". E afirmou, ainda, que "não há sequer indícios, ao longo de toda a investigação, de participação ou facilitação por parte dos Agentes Federais de Execução Penal lotados no Presídio Federal de Porto Velho/RO ou demais servidores públicos envolvidos".


Fonte:Extra

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