STF adia julgamento sobre Aécio e manda soltar irmã e primo do senador
O trio é investigado a partir das delações da JBS; discussão sobre prisão ou não do parlamentar tucano ainda não tem nova data estabelecida para ser retomada
Pedido da defesa de Aécio para que o caso seja analisado pelo plenário da Corte, e não pela Primeira Turma, será analisado pelos ministros ( Foto: Divulgação )
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira (20) adiar o julgamento do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), envolvido nas investigações da JBS.
A discussão sobre a prisão ou não do parlamentar tucano ainda não tem nova data para acontecer. Dependerá do prazo a ser estabelecido pelo ministro-relator, Marco Aurélio, sobre o pedido da defesa para que o caso seja analisado pelo plenário da Corte, e não pela Primeira Turma.
Os ministros determinaram também, momentos antes, a soltura do irmã e do primo do senador, presos desde o mês passado em Belo Horizonte. Frederico Pacheco e Andreia Neves também são investigados no Supremo a partir das delações da JBS e eles ficarão em prisão domiciliar. A decisão foi tomada após o colegiado também determinar a libertação de Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), acusado de intermediar o recebimento de propina enviada pelo empresário Joesley Batista, da JBS.
Mantendo o mesmo entendimento do julgamento anterior, a maioria dos ministros entendeu que a prisão dos acusados pode ser substituída por medidas cautelares, como entrega de passaporte e recolhimento domiciliar.
Operação Patmos
Aécio foi gravado secretamente pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, pedindo R$ 2 milhões para pagar um advogado para defendê-lo na Lava Jato. O dinheiro foi inicialmente pedido por Andrea Neves, irmã do senador. Com autorização do STF, a Polícia Federal filmou o pagamento de uma parcela.
Ricardo Saud, executivo da J&F, que controla a JBS, entregou R$ 500 mil a Frederico Pacheco, primo de Aécio, que depois repassou o dinheiro a Mendherson de Souza, assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Fonte:DN
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