PSDB oficializa Geraldo Alckmin como presidente do partido
Aécio Neves é vaiado e gera confusão
O PSDB oficializou neste sábado (09), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como presidente nacional do partido. Alckmin deve permanecer na presidência pelos próximos dois anos. A decisão foi tomada na 14ª Convenção Nacional da sigla que aconteceu em Brasília. O evento também foi marcado pelo lançamento informal da segunda candidatura de Alckmin a Presidência da República em 2018.
Durante a convenção, tucanos discursaram e, assim como Alckmin, fizeram duras críticas aos governos petistas. Um dos mais entusiasmados foi o prefeito de São Paulo, João Doria, que destacou em sua fala que arrasou com o PT nas urnas. Doria também repetiu que Alckmin é a unificação que os tucanos precisam.
Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra da sigla, também destacou que o Brasil passou por “uma tragédia”, citando os números de desempregados no país e os “inúmeros casos de corrupção”. Em sua fala, FHC disse que o partido “errou por omissão e que agora é hora de mostrar quem realmente são”. O ex-presidente da República disse que defende a Reforma, sabe que o mercado é importante, mas que “o guia é o povo”.
Aloysio Nunes diz que fica e Imbassahy fala que sua saída foi cercada de “inúmeras circunstâncias”
Um dos primeiros, a chegar no evento foi Alberto Goldman, que estava à frente da sigla até a eleição de hoje. Em entrevista, Goldman disse que conduzir Alckmin à presidência do PSDB tem a finalidade de unificar o partido e também comentou sobre a permanência do PSDB na base de Temer e a Reforma da Previdência. “Nós não elegemos Michel Temer, mas entendemos que no momento pós impeachment era importante essa sustentação que o partido deu ao Governo, principalmente em relação a Reforma da Previdência. Em tese nada mudou, mesmo que alguns membros nossos tenham decidido sair do Governo.
Nesta sexta-feira (8), o tucano Antônio Imbassahy (BA) pediu demissão da Secretaria de Governo. Em novembro, Bruno Araújo (PE) já havia deixado o comando do Ministério das Cidades. O PSDB ainda conta com dois ministérios: Direitos Humanos ocupado por Luislinda Valois e Relações Exteriores com Aloysio Nunes. Bastidor em Brasília já aponta que a ministra Valois é a próxima a sofrer pressão dos tucanos para deixar a pasta.
Já Aloysio Nunes confirmou em entrevista que permanece à frente do Itamaraty até o prazo limite para a desincompatibilização, em abril de 2018. Nunes disse que vai tentar a reeleição ao Senado. Ele é considerado da cota pessoal de Temer e, segundo integrantes tucanos, ocupa cargo de Estado e não de Governo.
Ao chegar no evento, Antônio Imbassahy afirmou que a convenção de hoje não foi determinante para sua saída do primeiro escalão de Temer e também comentou sobre a reforma previdenciária: “Um tempo atrás a chances de ser aprovada era nula. Acredito que a votação terá resultado favorável. Depende da próxima semana e do apoio do PSDB”. O ex-ministro, disse que o motivo da sua saída foram inúmeras “circunstâncias” e que possui “informações que ainda não tem condições de compartilhar”. Questionado se sua saída estaria ligada à pressão do Centrão, Imbassahy respondeu fazendo uma outra pergunta: “o que é o Centrão? Nasceu de uma liderança do Eduardo Cunha e foi diluindo”, minimizou o ex-ministro.
Aécio Neves vaiado e confusão
O senador Aécio Neves também disse que a convenção tinha por finalidade unificar o partido e que Geraldo Alckmin é o “ponto de equilíbrio que o Brasil precisa”. Ao chegar, Aécio foi recebido por parte da militância com vaias alternadas com gritos de “Fora, Aécio!”. A Reforma da Previdência também entrou em pauta na fala do senador que disse que “pior do que a Reforma vai ser aprovada com o PSDB, é a Reforma não ser aprovada”.
Durante a convenção foi registrada uma briga provocada pela militância do deputado Izalci, candidato ao governo do DF. No momento em que discursava o senador Tasso Jeiressatti (CE), os militantes de Izalci avançaram sobre militantes de outra corrente do PSDB. Empurrões e gritaria tomaram de conta do auditório.
Piauienses na convenção nacional do PSDB
Quem também esteve presente foi o prefeito de Teresina, Firmino Filho. Ele avaliou que a convenção unificou a mensagem que o PSDB quer passar. Ao ser questionado sobre as estratégias do partido em âmbito regional para conseguir vaga no Congresso Nacional, Firmino diz que existem muitas conversações, mas que não era o momento de expor nomes. Firmino já convidou o presidente da Câmara de vereadores, Jeová Alencar e o deputado estadual Luciano Nunes para ser o candidato do partido à Câmara dos Deputados. “A bola está quicando na área, falta só um “caba” pra marcar o gol”, finaliza o prefeito. Bastidor aponta que Firmino voltou sua atenção para o empresariado do Piauí e que conversas com o empresário André Baía estão adiantadas.
O presidente regional da sigla, o deputado estadual, Firmino Paulo, também avaliou que Alckmin é o nome de consenso entre os tucanos e “tem tudo pra sair vitorioso em 2018”. Sobre o futuro do PSDB na Alepi e na Câmara dos Deputados, ele acredita “que vários nomes vão surgir para fortalecer a sigla em ambas as Casas”.
Também presente, o deputado estadual Marden Menezes repetiu que a sigla precisar pensar maior, mas que isso depende prioritariamente da condição do prefeito. “Trabalhamos com a ideia de candidatura própria. A população também tem essa expectativa”. Quem defendeu candidatura própria do PSDB, foi o ex-governador Freitas Neto. Seu nome sempre aparece citado em especulações sobre 2018 e disse que seu nome continua à disposição.
Fonte: Samantha Cavalca
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