Header Ads

Notícias de Última Hora

Comunidade em que bebê atropelada morava está em luto: 'Anjo que se vai'

Darlan Rocha e a filha, a bebê de oito meses, que morreu atropelada em Copacabana Foto: Arquivo pessoal

A comunidade da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, amanheceu em luto. Era lá que Maria Louise, de 8 meses, morava com a família até ser atingida e morta por um motorista que perdeu o controle do carro e avançou sobre o calçadão da orla. Outras 17 pessoas, entre elas três crianças que são irmãos, ficaram feridas. A diretora da Associação de Moradores, Vânia Ribeiro, destacou que a comunidade agora espera pela recuperação da mãe da pequena, Niedja Araújo, também ferida no acidente.
A mãe da bebê ficou desnorteada ao receber a notícia. Por volta de 20h30m, o motorista Antonio Almeida de Anaquim, de 41 anos, avançou sobre a calçada, atravessou a ciclovia e foi parar na areia da praia após perder o controle do veículo e ferir 18 pessoas. Maria Louise não resistiu aos ferimentos. Ele alegou aos policiais que sofreu um ataque epilético, e os investigadores encontraram remédios controlados para a doença no veículo.
— A comunidade inteira está de luto. Eles são muito queridos pela comunidade, o pai, a mãe, que foi para o (hospital) Souza Aguiar. É terrível. Como uma pessoa pode dirigir se não tem controle do próprio corpo? Como está habilitada (a dirigir?) O motorista vai responder em liberdade. Está todo mundo revoltado com essa situação — frisou Vânia.
Carro invadiu atravessou pistas, invadiu calçadão e foi parar na areia da Praia de Copacabana Foto: Antonio Scorza / Agência O Globo


No Facebook, os moradores desejaram forças à família e pediram punição para o condutor do veículo, que deveria ter entregue sua habilitação ao Detran-RJ em função de violação de trânsito anterior e sequer reportou a doença ao tirar a carteira, como ordena a legislação.
"Sem palavras... Que Deus conforte o coração da família da nossa pequena Maria Louise", lê-se em um cartaz na página da associação na rede social. "Nossa comunidade de luto", expressou um morador. Uma residente relatou que estava na praia no momento do acidente e comparou o pânico a uma "cena de terror". "Um anjo que se vai", lamentou.
A diretora acredita que toda a comunidade deve participar do enterro de Maria Louise.
— Está todo mundo muito chocado. Nós perdemos um pouco da gente também — explicou Vânia, cujo marido é presidente da associação.
Na visão dela, o acidente traz mais um episódio de choque e tristeza para a comunidade, acometida pela desassistência, pelo preconceito e pela violência urbana da cidade.
— É muito complicado, porque a gente mora na comunidade e a gente desce para encontrar outra realidade para nossos filhos, nossas crianças. Você está na praia, a dez minutos da sua casa, e de repente vem um veículo do nada. É tudo muito triste. Há duas semanas, um grupo de adolescentes procurou a associação porque desceram para a praia sem documento e foram confundidos com um grupo de jovens que tinha roubado uma senhora. É uma sessão diária de discriminação e loucura — lamentou a diretora, cujo marido é presidente da associação.


Fonte:Extra

Nenhum comentário

Deixe Seu Comentário. Sua Opinião é Muito Importante