'O outro lado do paraíso': Nádia é obrigada a cuidar de Raquel
Nádia tem que engolir Raquel, que passa a ser servida pela dondoca Foto: reprodução/rede globo
Bruno avisa a mãe que devia prendê-la por racismo. "Em vez disso, você serve a Raquel. Ou serve a Raquel ou eu vou embora de casa agora mesmo, e nem venho te visitar. Sumo da tua vida", ameaça. Sem saída, a mulher do juiz Gustavo (Luis Melo) aceita.
Quando Raquel chega na casa da sogra, na cadeira de rodas, Nádia vem cheia de falso sorriso: "Entre, Raquel querida. Estou aqui para dar todo meu apoio." A juíza pergunta onde vai ficar e, ao saber que será no quarto de Bruno, a magistrada afirma que pode ficar no quarto em que dormia quando trabalhava na casa, já que é no primeiro andar. "Imagina, aquele é o quarto da senzala. Desculpe, foi maneira de dizer", diz a dona do salão.
Já instalada, Raquel comenta com Bruno que está se sentindo uma princesa. Nádia entra no quarto nesse momento, trazendo um lanche para a futura nora. Ela só espera o filho sair para começar a destilar o veneno. "Trouxe um lanche para você. Ouvi quando disse que se sentia uma princesa. Quem diria, não é? Eu, servindo uma negra do quilombo", alfineta. "O mundo dá voltas. Eu sei que não está feliz, dona Nádia, por ter que me suportar. Mas eu vim porque preciso e porque o Bruno insistiu. Já que estou aqui, vou me cuidar, me recuperar. Ficar boa. A senhora, goste ou não, tem que me engolir. Pode me chamar de negra, eu tenho orgulho de ser negra. A senhora é que não devia ter orgulho por ser racista. Já que estou aqui, espero que cozinhe muito bem. Vai me servir", dispara Raquel.
Contendo o ódio por abrigar a meritíssima, Nádia deixa fluir seu ódio durante jantar com Diego (Arthur Aguiar) e Melissa. A noiva do geólogo diz que ouviu comentários de que a dona do salão era preconceituosa, mas percebe que não é. "Eu, preconceituosa? Adoro a Raquel. Mas se eu pudesse, atirava a bandeja na cara dela", garante.
A mãe de Bruno leva o jantar para Raquel e quer saber se "está bem para vossa excelência?". A juíza diz que parece boa e Nádia se ofende. "Parece não, é? Lembra-se? Quando você trabalhava aqui como faxineira, eu mesma fazia questão de cozinhar. Sempre tive mãos de fada na cozinha", alfineta. "Ah, sim. Foi antes de eu estudar e passar no concurso para juíza. Trabalhei como faxineira e tenho muito orgulho. Adorei que a senhora comprou o salão. Assim tem alguma coisa que fazer além de cuidar da vida dos outros", rebate a magistrada.
Nádia sorri amarelo e diz que vai ignorar o comentário pelo estado de saúde da amada do filho. "Mas ainda bem que não continua como faxineira, seria impossível voltar ao trabalho tão cedo já que tem que se recuperar. Aliás, faxineira não faz fisioterapia, faz?", provoca. "Tem direito a fazer. Só que o sistema público nem sempre oferece o que devia oferecer. A comida está um pouco salgada. Se importa de me trazer um copo d’água? Esqueceu da água. Eu preciso me hidratar", pede Raquel.
A gentileza faz a futura nora elogiar a sogra. "Obrigada. Já disse que a senhora está me tratando muito bem?", diz a juíza. "Não disse, mas se é o que pensa, saiba que adoro você. Sonho com o dia em que se casará com meu filho", exagera Nádia. "Não minta mais que é pecado. Pode cair um raio na sua cabeça", avisa a meritíssima.
Fonte:Extra
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