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Confira o 1° dia de desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro

Estácio, Porto da Pedra, e Jacarepaguá se destacaram no 1º dia.


Estácio de Sá, Porto da Pedra e Renascer de Jacarepaguá se destacaram no primeiro dia de desfiles na Sapucaí, que começou nesta sexta-feira(9) com as apresentações das escolas da Série A.

A abertura do carnaval de 2018 no Rio teve ainda Unidos de Bangu, Império da Tijuca e Acadêmicos do Sossego.
Unidos de Bangu
 (Crédito: Marcos Serra Lima/G1)
A escola foi a primeira a desfilar, e veio determinada a não deixar se repetir o que aconteceu em 2015, quando foi rebaixada de volta para a Série B. Por isso, o estouro do tempo por alguns segundos causou preocupação e confusão nos momentos finais da apresentação, e o portão acabou se quebrando. Mas entre muitos componentes o otimismo era maior. “A gente não veio só para ficar, a gente veio para ganhar”, disse a rainha da bateria da escola, Lexa, antes de entrar na avenida.
Trazendo o enredo "A travessia da Calunga Grande e a nobreza negra no Brasil", a escola buscou valorizar a nobreza negra da qual o povo é brasileiro é descendente, deixando de lado o estereótipo de povo escravizado.
A comissão de frente representou a história de Chico Rei, personagem lendário de Minas Gerais. 
Império da Tijuca
 (Crédito: Alexandre Durão / G1)
A entrada da escola deu continuidade às referências africanas no primeiro dia de desfiles na Sapucaí. O enredo “Olubajé, um banquete para o rei” falou sobre o tradicional jantar de purificação religioso oferecido ao orixá Omulu.
A intenção dos carnavalescos Jorge Caribé e Sandro Gomes foi dar visibilidade a elementos do Candomblé. Logo na comissão de frente, os figurinos fizeram referência ao orixá protagonista da história que o desfile buscou contar.
Essas fantasias eram de palha, o motivo: as palhas sagradas são um dos símbolos de Omolu.
Acadêmicos do Sossego
 (Crédito: Alexandre Durão / G1)
Com o tema “rituais”, o samba fez referências a civilizações diversas e trouxe um apelo: “Brasil, mais tolerância. Súplica de esperança.” Em mais uma tentativa de fazer sua estreia no grupo especial, a escola cumpriu a promessa de misturar culturas, e representou num mesmo desfile de elementos culturais muçulmanos a judeus, passando ainda por cristãos, egípcios e celtas.
A comissão de frente e o abre-alas inauguraram o desfile falando sobre os rituais pré-históricos em um tempo em que a sobrevivência dependia do clima. 
Porto da Pedra
 (Crédito: Alexandre Durão / G1)
Uma homenagem às rainhas do rádio tomou conta da Sapucaí durante o desfile da Porto da Pedra, que apostou em uma apresentação bem-humorada em sua sexta tentativa de voltar ao grupo especial.
A escola de São Gonçalo trouxe a história de dez cantoras que marcaram a história do rádio no Brasil: Linha e Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Ângela Maria, Vera Lucia, Dóris Monteiro e Julie Joy.
Representar os fãs das cantoras e outros personagens importantes da época, como apresentadores e fotógrafos, ficou a cargo da comissão de frente. A coreografia relembrou os concursos que elegeram as rainhas do rádio, com direito a tapete vermelho e distribuição de abraços para o público da Sapucaí.
Renascer de Jacarepaguá
 (Crédito: Alexandre Durão / G1)
(Crédito: Alexandre Durão / G1)
A escola elegeu o compositor Heitor Villa-Lobos como homenageado do desfile, que explorou a obra “A Floresta do Amazonas”, a começar pela comissão de frente, que trouxe representações dos sons da Amazônia com animais, árvores e índios.
O desfile acontece após de um período difícil de preparativos. Em 2017, o barracão da escola foi atingido por incêndios.
“A Renascer está renascendo mesmo das cinzas, hoje foi uma verdadeira fênix”, comentou após o desfile Tony Tara, coreógrafo que preparou a apresentação da comissão de frente.
A inspiração amazônica fez com que o verde se tornasse uma das cores mais presentes na apresentação da escola, como foliões vestidos de jacaré-açu, sapo-cururu, papagaio e cobra grande. 
Estácio de Sá
 (Crédito: Alexandre Durão / G1)
O primeiro dia de desfiles no Rio terminou com uma homenagem ao fundador da cidade, Estácio de Sá, que também dá nome à escola. No enredo, sua história foi usada como pano de fundo para falar sobre a evolução do comércio no Brasil.
A narrativa partiu das primitivas trocas de mercadorias, passando pela venda de porta em porta, feiras livres, supermercados e comércio popular até chegar ao mercado da internet. O desfile, que abusou da combinação entre vermelho e branco, as cores da escola, marcou ainda a comemoração pelos seus 90 anos.
O escambo foi representado pela fantasia da porta-bandeira, repleta de espelhos,objeto que despertava encanto entre índios.
As alas seguintes caracterizaram vendas das mais diversas, como a de aves no Rio Colonial, açúcar, escravos, ouro e café. A ala das baianas foi composta por fantasias de vendedoras de flores.
Na noite deste sábado(10), outras sete escolas encerram o carnaval da série A deste ano: Alegria da Zona Sul, Santa Cruz, Viradouro, Rocinha, Cubango, Inocentes e Unidos de Padre Miguel. 
Fonte: Com informações do G1

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