Jair Bolsonaro nega ter sugerido metralhar a favela da Rocinha: insanidade
De acordo com o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, o pré-candidato à Presidência teria recomendado o fuzilamento da comunidade após fim de um "prazo" para bandidos se entregarem
Em vídeo publicado em seu Facebook, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) negou ter sugerido "metralhar" moradores da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. De acordo com o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, o pré-candidato à Presidência da República teria recomendado o fuzilamento da comunidade após fim de um "prazo" para bandidos se entregarem.
Ao discursar para executivos de finanças, Bolsonaro sugere metralhar Rocinha
No vídeo, Bolsonaro diz que estava em um evento com mais de mil executivos do setor financeiro com a presença de toda a mídia de São Paulo. Ele frisa que suas falas foram aplaudidas mais de uma vez. Ele alega que o relato do jornalista é uma "insanidade". "Beira a loucura alguém escrever uma coisa dessa. Alguém acha que se eu tivesse falado isso para mais de mil pessoas eu não seria massacrado de forma justa?", questiona.
O presidenciável ainda afirma que "isso não é fazer jornalismo, é fazer terrorismo", se referindo à coluna de Lauro Jardim. Ele diz esperar que o colunista se retrate. Segundo o jornalista, Bolsonaro declarou que mandaria um helicóptero derramar milhares de folhetos sobre a favela da Rocinha, avisando que daria um prazo de seis horas para os bandidos se entregarem. Encerrado o tempo, se eles continuassem escondidos, metralharia a Rocinha.
A assessoria do parlamentar enviou a seguinte explicação: "O deputado esclarece que, ao mencionar a Rocinha no evento, se referiu exclusivamente à guerra travada entre traficantes, em setembro do ano passado, quando 200 marginais fugiram pela mata no alto da comunidade e se espalharam e se refugiaram em outras favelas na zona norte do Rio, levando pânico e terror à população carioca. [...] Ao falar daquele episódio específico da Rocinha, uma vez que os marginais estavam claramente afastados da comunidade e, portanto, passíveis de sofrer efetiva ação policial para prisão, sem o risco de ferir os cidadãos de bem que moravam no local, o deputado tomou tal exemplo para se manifestar, no sentido de ser favorável a ações efetivas por parte do Estado, inclusive atirando em casos de confronto ou não rendição".
Veja vídeo:
Fonte Com informações do O POVO
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