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Jovem morto após agressão e atropelamento em assalto evitava sair com celular por medo da violência

David Weber estava internado no Hospital estadual Getúlio Vargas há dez dias, mas não resistiu Foto: Arquivo pessoal


Espancado e atropelado por assaltantes na Vila da Penha, Zona Norte do Rio, o jovem David Weber Rodrigues, de 18 anos — que morreu neste sábado, após dez dias internado – temia a violência na cidade e, até há pouco tempo, evitava sair com o celular.
— Ele tinha muito medo, evitava sair à noite. Nunca tinha sido assaltado, mas não saía com celular. Há pouco tempo, a gente começou a falar para ele levar o telefone para se comunicar com a gente. Aí ele começou a levar. Mas parece que sabia o que esperava por ele — conta, emocionada, Joice Weber, de 29 anos, irmã do estudante.
O crime ocorreu no fim da noite do dia 31 de janeiro, na Rua Paula Aquiles, quando David voltava da casa da namorada. Desde então, de acordo com a família, o rapaz, que sofreu traumatismo craniano, estava internado no Hospital estadual Getúlio Vargas. Ele chegou a passar por cirurgia, mas morreu neste sábado.
Segundo o relato da família, David havia passado aquela tarde na casa da namorada. Por volta das 23h, quando estava a caminho de sua residência — a distância era pequena e ele costumava fazer o trecho a pé — o rapaz foi surpreendido por dois criminosos em uma moto. Assustado, o jovem correu para tentar se proteger, mas acabou sedo alcançado pelos bandidos. Em seguida, contam parentes, os assaltantes agrediram David até que ficasse desacordado e ainda passaram com a moto sobre o jovem desacordado, antes de escaparem.
Antes de fugirem, os assaltantes roubaram o celular do jovem — David havia ganhado o aparelho de presente por ter passado de ano. David havia sido aprovado no vestibular para curso de Física da UFRJ e também para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio (CPOR).
É Joice quem está resolvendo todos os trâmites do sepultamento do irmão. Segundo ela, os pais estão muito abalados:
— Eles não têm condições nenhuma, nem de falar. Ele foi arrancado da gente.
Apesar de o caso ter sido registrado na 27 ª DP (Vicente de Carvalho), a Polícia Civil informou, através de sua assessoria de imprensa, que não recebeu esta informação até o momento.


Fonte:Extra

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