Prazo de soltura de Lula se esgota e gera clima de tensão em Curitiba
PT convoca militância e prepara ato para receber Lula em São Bernardo do Campo
O prazo para a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinado pelo desembargador plantonista Rogério Favreto do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), encerrou-se às 17h12min da tarde deste domingo. De acordo com o magistrado, o não cumprimento da ordem por parte da Polícia Federal (PF) seria considerado ilegal. Mais cedo, a decisão de Favreto havia sido barrada por outra liminar do desembargador Gerbran Neto - relator do caso de Lula no TRF-4.
Em um cenário de incertezas sobre a libertação do petista, a militância se amontoa em frente à sede da PF em Curitiba. A PF reforçou a segurança no perímetro.
O PT organiza ainda um ato em São Bernardo do Campo com a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR). Caso o ex-presidente Lula seja solto neste domingo, a expectativa é recebê-lo no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.
Nos últimos dias, os protestos favoráveis a Lula estavam esvaziados. Até o momento, no entanto, está descartada a ideia de montar um novo acampamento em Curitiba, como aconteceu nos primeiros dias após a prisão de Lula.
O presidente do PT no Paraná, o ex-deputado federal Dr. Rosinha, que coordena as mobilizações em Curitiba, disse à Agência Estado, que a "vigília" em apoio a Lula continuará como nos últimos dias, com atos entre a manhã e o fim da tarde, mas sem acampamentos para apoiadores passarem a noite.
"Essa decisão hoje, injusta, de não dar a liberdade a Lula, como deveria dar, novamente mobiliza mais gente. Hoje, o acampamento existe em outro local, mas não é mais de orientação partidária. Aqui próximo à PF, ninguém vai ficar acampado", disse Rosinha. No PT, o discurso é de acusar a Justiça como "fascista" e mobilizar pessoas para protestar em Curitiba e no restante do País contra a prisão do ex-presidente.
Fonte:opovo
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