Fluminense ignora a crise, vence o Grêmio no Maracanã e respira aliviado
Caio Henrique fez o segundo gol do Fluminense sobre o Grêmio Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo
Se o olho do furacão é marcado pela calmaria, pode-se dizer que é onde o Fluminense esteve neste domingo. Depois do bate-boca de Ganso com Oswaldo de Oliveira, a demissão do treinador, a invasão de torcedores ao CT, e ainda sem encontrar um novo técnico, os tricolores enfim tiveram uma boa notícia. A vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio amenizou a crise que pairou sobre o clube e promoveu um alívio na luta contra o Z4 do Brasileiro.
Com 22 pontos, o time das Laranjeiras não subiu na tabela. Mas, mesmo em 16º, abriu três pontos para o Cruzeiro, o primeiro da zona da degola e que nesta segunda enfrentam o Goiás. Agora, os tricolores se concentram em secar os mineiros e, no domingo, fazem o clássico com o Botafogo, no Nilton Santos.
Não é que o Fluminense tenha mudado da água para o vinho, mas o time iniciou com outra postura em relação aos últimos jogos. Parte disso se deve à entrada de Daniel, que além de ser mais uma opção para fazer triangulações na frente, foi mais um a arriscar passes verticais. Outro fator foram as boas atuações de Caio Henrique e de Yony González, que mesmo errando bastante voltou a aparecer bem.
Não à toa, a jogada do gol passou pelos pés de dois destes personagens. Com 6 minutos de jogo, Daniel fez ótimo lançamento para Yony, que avançou até a linha de fundo e cruzou para Nenê concluir de primeira, tirando qualquer chance do goleiro Julio Cesar alcançar a bola.
Com a bola nos pés, as principais jogadas do Fluminense foram sempre pela esquerda. Fruto de mais uma atuação ruim de Gilberto. Em má fase, o camisa 2 não esconde que está sem confiança. Praticamente não avançou e foi muito mal atrás.
Embora tenha saído atrás no placar, era do Grêmio o domínio do jogo. O time de Renato Gaúcho foi para o intervalo com 59% de posse e ao menos três chances de empatar. Uma delas foi travada por Muriel. Nas outras duas, os gaúchos não foram felizes na conclusão.
Bem ao estilo de Marcão, o Fluminense não fazia questão de ter a posse. Só queria ser eficiente quando tivesse a bola nos pés. E voltou ser aos 4 do segundo tempo. João Pedro arrancou pelo meio e tocou para Yony, que só ajeitou com o calcanhar para deixar Caio Henrique cara a cara com Julio Cesar. Melhor para o tricolor: 2 a 0.
Com dois de vantagem, os tricolores aumentaram a troca de passes e tentaram controlar o ritmo do jogo. Em alguns momentos, a paciência do time com a bola nos pés até lembrou os tempos de Fernando Diniz. Quando as jogadas davam certo, arrancavam os aplausos da torcida.
O problema é que, numa sucessão de erros de Gilberto, Patrick diminuiu para o Grêmio, aos 30. O lance serviu muito mais para deixar os tricolores mais atentos do que para recolocar os gaúchos na partida. Nos acréscimos, a equipe de Renato Gaúcho até fez uma pressão. Mas não deu certo. Foi uma tarde sem crise. Que venham outras.
(Com informações : Extra )
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