Beneficiários do auxílio emergencial relatam problemas no app Caixa Tem: "mãos atadas"
Com o início do pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial e do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o aplicativo Caixa TEM, disponibilizado para movimentar os recursos dos dois benefícios, tem apresentado instabilidade e erros.
As principais reclamações são relativas à demora na fila de espera para acessar a poupança digital, além de erros ao tentar realizar pagamento de contas na plataforma.
A professora Paula Silva relata que os pais já tiveram os valores depositados em suas contas, mas não conseguem movimentar. "Minha mãe recebeu desde o dia 1º, mas só conseguimos entrar no aplicativo. Ela precisa pagar as contas da lanchonete dela que está fechada, mas só dá erro. E pra sacar ou transferir o dinheiro só em agosto", conta.
O depósito do benefício do pai de Paula foi realizado na sexta-feira (4) e também apresenta os mesmos problemas. "Só tá disponível para fazer compras. Essa é a segunda parcela deles. Na primeira, tínhamos conseguido acessar normalmente", afirma a professora.
Na fila
A desempregada Renata Campos se encontra na mesma situação. Teve a terceira parcela depositada na semana passada e tenta pagar contas essenciais desde então. "Só para entrar, ficamos na fila por mais de uma hora. Hoje, desde 8h que tento e não dá certo. Fica pedindo para tentar mais tarde", detalha.
Ela lembra que quando recebeu a primeira e segunda parcelas do benefício conseguiu realizar os pagamentos sem dificildade. "Já tinha a fila, mas era coisa de dez minutos. Agora tá muito difícil. Precisamos pagar as contas do mês. Eu e meu esposo estamos desempregados", aponta.
Até mesmo os serviços que aparentemente estão funcionando apresentam problemas. O autônomo Carlos Augusto Fernandes Cunha também não tem conseguido pagar as contas pelo aplicativo Caixa TEM e resolveu utilizar o dinheiro para fazer compras no supermercado. "A gente passa é vergonha. Chega no caixa e na hora de pagar não funciona. A gente passa um tempão esperando para entrar e quando vai gerar o código dá erro. Aí tem que devolver as coisas que pegou", relata.
Ele diz se ver de mãos atadas, uma vez que não consegue pagar as contas básicas nem fazer compras. "É um dinheiro que era pra ajudar. A gente recebe, mas fica preso lá", ressalta.
A reportagem entrou em contato com a Caixa e aguarda posicionamento. ( As informações são do : diariodonordeste )
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