“Vai ser até dezembro, só não sei o valor”, diz Bolsonaro sobre auxílio emergencial
Esta semana, Bolsonaro sinalizou que o valor deve ser um meio termo entre os R$ 200 defendidos pela equipe econômica e os atuais R$ 600 destinados a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. Hoje, ele ressaltou que a população precisa começar a ter consciência de que, mesmo prorrogado, o benefício não será eterno.
“O auxílio emergencial foi bem vindo, mas ele custa R$ 50 bilhões por ano. Infelizmente, ele não pode ser definitivo, mas vamos continuar com ele, mesmo que com valores diferentes, até que a economia realmente possa pegar no nosso País”, disse Bolsonaro no evento. “Vai até dezembro, só não sei qual vai ser o valor”, acrescentou.
Mais uma vez, Bolsonaro fez acenos ao Congresso, ao mencionar a relevância que os parlamentares tiveram para o governo na votação na Câmara que manteve veto presidencial ao reajuste de servidores públicos até 2021.
“Logicamente, o Legislativo não é um corpo único, ali têm as várias correntes. Mas, entre as várias correntes, a maioria dela passou a marchar ao nosso lado”, disse Bolsonaro. Em seguida, ele ressaltou que os congressistas foram “muito valorosos” ao trabalhar pela manutenção do veto que, na visão dele, iria “complicar o Brasil na questão econômica”. O presidente chamou os votos favoráveis ao governo de “corajosos”.
Mais cedo, em Mossoró, o presidente chamou os parlamentares de “sócios”. “Com o time que nós temos, com os nossos sócios, no bom sentido, no Congresso Brasil, nós atingiremos os nossos objetivos”, afirmou. Ele viajou acompanhado de ministros e lideranças do ‘centrão’, como o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Pela manhã, Bolsonaro também citou os parlamentares em mais um momento para agradecê-los. “Agradecer também a grande parte do Congresso Nacional, onde temos valorosos parlamentares aqui, que têm nos dado o apoio para que esse sonho, esse objetivo seja concretizado. Obrigado, senhores parlamentares”, disse o presidente.
Nesta quinta, 20, após forte investida, juntamente com os partidos do Centrão e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo conseguiu manter a proibição de reajuste de servidores públicos até 2021. O veto do presidente Jair Bolsonaro foi mantido por 316 votos a 165 votos.
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