Ex-deputado do Ceará é preso em flagrante com R$ 2 milhões em espécie de origem suspeita, segundo PF
O flagrante aconteceu durante o cumprimento de um dos 27 mandados de busca e apreensão da segunda fase da Operação Km Livre, realizada pela Polícia Federal em Fortaleza e em cidades de mais dois estados.
Uma grande quantidade de dinheiro que estava escondida em uma caixa na sede de uma empresa de Fortaleza foi apreendida pela Polícia Federal durante o cumprimento de um dos mandados. — Foto: Polícia Federal/Divulgação
O flagrante aconteceu durante o cumprimento de um dos 27 mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Federal em Fortaleza e em cidades de mais dois estados - Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, onde foram apreendidos valores em Euro e ouro.
Na primeira fase da Operação Km Livre, deflagrada no ano de 2016, a polícia apreendeu mais de R$ 5,9 milhões em espécie no mesmo local, uma empresa ligada ao ex-deputado Adail Carneiro. Os investigadores, entretanto, não confirmaram ter sido ele o ex-deputado preso nesta quinta.
R$ 600 milhões em 20 anos
Segundo a Polícia Federal, o esquema acontece há mais de 20 anos e já movimentou cerca de R$ 600 milhões em um esquema fraudulento em licitações públicas promovidas pela Prefeitura Municipal de Fortaleza. Procurada, a assessoria da prefeitura não retornou os contatos até a publicação.
“Durante esses quase 20 anos, três empresas têm vencido os processos licitatórios da prefeitura”, na contratação de aluguéis de veículos, disse o delegado Joelson.
Segundo ele, “por conta dos contratos, havia repasse de verbas públicas para as contas das empresas e identificamos que havia o saque em espécie. Essa empresa utilizava ‘laranjas’ para participarem de um mesmo certame, forjando uma concorrência fictícia. Uma delas vencia a licitação e era celebrado o contrato de locação de veículos”, explica.
O delegado afirmou ainda que além das três locadoras de veículos, havia outras empresas envolvidas no esquema, como corretoras de valores. “São várias empresas ligadas a esse grupo. São cerca de 10 empresas”, acrescentou.
Além de fraudes em licitações, as suspeitas são de fraudes na contratação de serviços de locação de veículos e motocicletas, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro com aquisição de imóveis, empresas e transações no mercado financeiro.
A lavagem de dinheiro seria realizada por meio da aquisição clandestina de corretoras de valores e de sociedades em conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda de operadores do mercado financeiro.
Nenhum comentário
Deixe Seu Comentário. Sua Opinião é Muito Importante