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Petistas celebram encontro entre Lula e FH, mas descartam aliança eleitoral com tucanos

 

A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço Foto: Ricardo Stuckert

SÃO PAULO - Criticado por tucanos, o encontro entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula foi celebrado pelos petistas. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, diz que os dirigentes do PSDB não entenderam o objetivo da reunião, que, segundo ela, não é eleitoral.   As informações são do  Extra.

— Confundiram o encontro com o processo eleitoral e também não pensaram institucionalmente. São duas figuras que foram presidentes da República. Não há nada de errado de conversarem civilizadamente sobre a crise que o país está passando — afirmou Gleisi, que descarta uma aliança com os tucanos em 2022:

— Não quer dizer que estaremos no mesmo palanque. Com certeza não estaremos. Acho muito difícil estarmos no primeiro turno. Depois (no segundo turno), não sei o que vai acontecer.

Para a presidente do PT, a reunião entre Lula e Fernando Henrique é uma reação à forma como Bolsonaro conduz a política brasileira.

— É uma tentativa de resgatar a política como espaço para definir o futuro do país. Largar essa linha do Bolsonaro do ódio, da mentira. Obviamente, temos divergência com o PSDB e com o Fernando Henrique, programática inclusive, mas temos respeito pela democracia e achamos que isso tem que ser feito dentro do debate da política.

O deputado José Guimarães (PT-CE) entende que a reunião mostra que pode haver união para enfrentar as ameaças representadas por Bolsonaro.

— Eles se encontram para discutir a grave ameaça que corrói o tecido democráctio brasileiro, que é o Bolsonaro. O Brasil começa a se dar conta que tem que unir um campo político para derrotar o autoritarismo e as ameaças à ordem democrática e às conquistas democráticas.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), acha que o almoço pode gerar frutos no futuro, mas também não fala em aliança eleitoral.

— São dois líderes que têm destacado legado de serviços prestados ao Brasil. É um passo muito grande e anima para outros passos.

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