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Registro de óbitos por Covid nas últimas 24 horas é o menor dos últimos 69 dias

 

Sepultamento de vítima de Covid-19 no Cemitério de Vila Formosa, em SP Foto: Bruno Rocha/Agência Enquadrar/Agência O Globo

RIO — O Brasil registrou, pela primeira vez desde 1º de março, menos de mil mortes por Covid-19, segundo o boletim do consórcio de imprensa. Foram notificados 934 óbitos em 24 horas, totalizando 422.418 desde o começo da pandemia.   As informações são do  Extra.

Também foram registrados 31.591 novos casos; agora, são 15.182.219 ocorrências desde a chegada da Covid-19 no país.

O boletim do consórcio de imprensa é uma iniciativa formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os veículos reúnem informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.

A média móvel de óbitos caiu pelo nono dia seguido, atingindo 2.092, índice 15% inferior ao visto 14 dias atrás. Já a média móvel de casos permanece estável: foi, hoje, de 61.177, 9% maior a de duas semanas atrás.

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Gabriel Maisonnave Arisi avalia que a terceira onda do coronavírus no Brasil está arrefecendo. Ainda assim, a média móvel está, segundo ele, em um patamar “catastrófico”.

— A queda da média móvel, que hoje é de 2.100, 2 mil, vai ocorrer devido à imunidade coletiva somada à aplicação de vacinas. Em breve pode cair para 1.900, 1.600 — pondera. — A alta taxa de letalidade deve-se, em parte, ao uso de remédios inadequados, sem a menor eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina.

De acordo com a Arisi, um novo avanço da doença só será evitável caso o ritmo de vacinação avance significativamente.

— O ideal seria aplicar 1,5 milhão de doses de vacinas por dia, mas não vejo isso acontecendo. Precisamos acelerar a imunização, porque estamos nos deparando com novas mutações do coronavírus.

Dezesseis estados atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 neste domingo. Ao todo, aplicaram 123.199 doses.

Em todo o país, 35.327.845 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 16,68% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 17.746.983 pessoas, ou 8,38% da população nacional.

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