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Investigação aponta que delegado Da Cunha, da Polícia Civil de SP, pagava até R$ 14 mil por mês para equipe de filmagem

 

O delegado Carlos Alberto da Cunha é suspeito de usar a estrutura da Polícia Civil de São Paulo para atrair seguidores Foto: Instagram / Reprodução

O delegado Carlos Alberto da Cunha, de 43 anos, manteve uma estrutura particular para filmar operações da Polícia Civil de São Paulo, das quais participava, e divulgar os vídeos na internet, em suas redes sociais. O custo para manter essa organização era de R$ 14 mil mensais, aponta a Corregedoria. O salário médio de Da Cunha, como é conhecido na corporação, tem sido de R$ 10.470 líquidos. As informações são da Folha de S. Paulo.  As informações são do Extra.

De acordo com a reportagem, publicada nesta terça-feira, os integrantes da equipe de filmagem contratada pelo delegado, que está afastado das ruas, não pertencem aos quadros das forças de segurança do estado. Ainda assim alguns deles dirigiram viaturas oficiais, tomaram depoimentos em ocorrências, usaram roupas semelhantes às dos agentes e ostentaram armas em redes sociais. Alem disso, unidades policiais foram usadas como estúdio para editar vídeos de Da Cunha.

As informações sobre a estrutura montada pelo delegado consta no relatório de indiciamento dele que, segundo a Polícia Civil de São Paulo, é suspeito de peculato — crime cometido por funcionário público que, se aproveitando de seu cargo, desvia bens públicos em benefício próprio ou de terceiro. O documento se encontra em poder da Justiça e o Ministério Público de SP.

Organização para atrair seguidores

Segundo a reportagem, Da Cunha é suspeito de usar a organização da Polícia Civil para atrair "seguidores, visando ao prestigio social e à vantagem econômica em sobreposição dos interesses do estado". O delegado também é suspeito de simular prisões para gravar vídeos, segundo relatos de suspotas falsas vítimas e policiais.

À Folha, Da Cunha disse, nesta terça-feira, que os fatos relatados na reportagem foram deturpados e que mentiras foram veiculadas para prejudicar sua imagem.

A investigação sobre o delegado, que é considerado uma celebridade nas redes sociais, começou após a polícia receber uma denúncia anônima de um ex-colaborador dele. Um documento do delator cita uma série de dicas de irregularidades que deveriam ser investigadas pela Corregedoria. Fotos com atuação de parte da equipe também foram anexadas. A maioria das imagens, de acordo com a Folha, envolve dois funcionários de Da Cunha que não são formalmente investigados no inquérito que apura suspeita de peculato.

As fotos mostram um dos funcionários do delegado ostentando armas, entre elas um fuzil usado também por Da Cunha, e tomando um depoimento. O outro colaborador aparece dirigindo uma viatura da Polícia Civil, o que é proibido. Na investigação foram ouvidos policiais que confirmaram que o funcionário dirigia o veículo oficial e também que era comum o delegado levar três colaboradores particulares em viaturas.

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