Jornalista da Globo detona discurso de Bolsonaro na ONU
Miriam Leitão fez duras críticas à postura do presidente que está em NY para o evento
O discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos EUA, foi alvo de duras críticas de Miriam Leitão nesta terça-feira, 21. Horas antes da apresentação do brasileiro, a jornalista se mostrou envergonhada pela postura do presidente. As informações são do terra.
Ao comentar o assunto durante o Bom Dia Brasil, produção jornalística da TV Globo, Miriam já cravou que não se poderia esperar muito do discurso de Bolsonaro. “Que ele não seja tão ruim quanto o primeiro discurso. O segundo já foi um pouquinho mais suave”, avaliou. “Mas a viagem a Nova York já deu suficiente motivo para a gente ter vergonha”, disse.
Miriam continuou, afirmando que “o país foi colocado na calçada”, em referência às imagens de Bolsonaro comendo pizza na calçada de um restaurante que viralizaram, já que os EUA proíbem a entrada em locais fechados de pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19.
“O presidente não pode entrar num restaurante, isso já é um resultado muito ruim”, lamentou ela, que citou a importância do discurso na Assembleia da ONU. “No discurso, o Brasil sempre teve essa vitrine. É o primeiro discurso na ONU, isso é tradicional desde Oswaldo Aranha [1894-1960]. É importante que o Brasil fez parte da construção, daquele grupo que fundou a ONU, e por isso ele tem esse privilégio”, disparou.
“Esse privilégio sempre foi usado pelos governantes como um momento de falar pro mundo a nossa diplomacia da moderação. Mas o presidente Bolsonaro, desde o primeiro discurso… Horroroso o primeiro discurso que ele fez… O segundo já foi um pouquinho melhor. E esse não tem grandes expectativas. O pior, na verdade, é a oportunidade perdida”, complementou.
Ela também lamentou o fato de o Brasil perder a “chance” de “passar o recado tradicional da diplomacia”. “E, principalmente, nesse momento, que a voz do Brasil poderia ser muito mais ouvida. Época de mudança climática, nós somos uma potência ambiental”.
“Esse era o momento de falar direito, mas o governo Bolsonaro escolheu a irrelevância. É isso que ele escolheu nos colocar”, lamentou. A jornalista ainda finalizou mandando um recado: “Não vai ser pra sempre, a gente pode voltar a ter influência no mundo”.
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