Acusados de matar professora aposentada são condenados a 17 anos de prisão

A pena ocorrerá sob regime inicialmente fechado e sem possibilidade de recorrer em liberdade.

José Walter (esq.) teria ordenado a morte da sogra por dinheiro; Júlio César (dir.) contou que receberia R$ 4 mil pelo crime

A professora aposentada Maria das Graças Martins Nina, 66, foi morta dentro do veículo dela e teve o corpo jogado em um matagal, em Itaitinga

Os dois acusados da morte da professora aposentada Maria das Graças Martins Nina, 66, José Walter dos Santos Morais e Júlio César Bezerra de Carvalho, foram condenados a 17 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado e sem possibilidade de recorrer em liberdade. O julgamento realizado pelo Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri de Fortaleza teve início por volta das 13h30 da última quinta (17) e se encerrou no início da madrugada desta sexta (18). 

O homicídio ocorreu em fevereiro do ano passado após ser encomendado por José Walter, genro da vítima. Os homens foram indiciados por homicídio qualificado, com adição de motivo torpe para José Walter. A acusação ficou a cargo da promotora de Justiça Marcia Lopes Pereira e do assistente de acusação, o advogado Ernando Uchôa Sobrinho. A sessão foi presidida pelo juiz Edson Feitosa dos Santos Filho. 

Relembre o caso

Maria das Graças foi assassinada em 20 de fevereiro de 2015. Júlio e ela haviam iniciado um relacionamento no início daquele mês e, naquela data, se encontraram no carro dela, na rodoviária Engenheiro João Thomé, no bairro de Fátima. Ele a asfixiou com um arame, perfurou o pescoço dela com uma faca de cozinha e fugiu. 

Segundo as investigações, José Walter teria contratado Júlio por R$ 4 mil para se aproximar da sogra dele e matá-la. O motivo seria um seguro e a herança, dos quais a filha de Maria e esposa de Walter seria a maior beneficiada. Outro homem, Francisco de Assis da Silva Gomes, foi denunciado por intermediar a negociação e sido um dos executores do homicídio, mas está foragido.

De acordo com a Polícia, o interesse dele seria a herança da vítima, composta de um seguro de vida no valor de R$ 60 mil, uma carta precatória que não teve o valor divulgado e um apartamento avaliado em R$ 500 mil. Contudo, a professora tinha três herdeiros.

Fonte:DN