Professor doutor da Urca é preso negociando relógio de luxo roubado
O suspeito disse que mantinha a prática de vender itens de luxo por preços menores que os de mercado há sete anos
A Polícia foi até a loja do comerciante José Pereira da Silva e apreendeu vários itens de luxo
Um professor doutor do curso de Economia da Universidade Regional do Cariri (Urca) e o dono de uma loja do Centro de Fortaleza foram presos, na última sexta-feira, sob suspeita de negociarem relógios de luxo roubados. Com os dois suspeitos, a Polícia apreendeu mais de R$ 200 mil entre relógios e canetas. O professor foi capturado em um prédio comercial da Aldeota, quando ia fazer a entrega de um relógio Rolex, avaliado em R$ 40 mil. Ele confessa que mantinha a prática há sete anos.
Segundo o delegado Raphael Vilarinho, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), a vítima do assalto em que o relógio foi subtraído, ocorrido na Avenida Antônio Sales, no bairro Dionísio Torres, acionou a DRF que chegou ao nome de Marcos Antônio de Brito e do comerciante José Pereira da Silva.
“Ele conhecia pessoas que têm alto poder aquisitivo e tinha abertura para negociar os relógios. Revelou que em sites de compra e venda desses itens, há sempre alguém disposto a pagar caro. Vale lembrar que só existe o roubo, porque existe o receptador. Então quem compra um produto roubado está alimentando uma cadeia e é igualmente criminoso”, disse Vilarinho.
Marcos de Brito foi localizado em um prédio comercial, quando ia entregar o relógio ao comprador, conforme a DRF
O professor afirmou, em depoimento, que adquiriu o Rolex por R$17 mil e iria repassá-lo por R$ 22 mil. Mesmo a entrega sendo bem sucedida, Raphael Vilarinho diz que é grande o risco que a trama seja descoberta. “Esses relógios custam muito dinheiro e têm uma numeração específica, como um carro tem chassi. Fica fácil descobrir se é um item roubado porque o dono tem o registro”, disse o delegado. Para fazer a retirada de um dos 24 itens, supostamente roubados ou furtados, que estão na DRF, as vítimas precisam apresentar nota fiscal do objeto.
A reportagem tentou contato com a Urca, mas as ligações não foram atendidas. O professor alega que não sabia que os relógios eram roubados e disse estar arrependido de ter participado das negociações ilegais.
Fonte:DN
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