‘Fantástico’ estreia quadros: medo de falar em público e transgêneros são destaques
No teatrinho do colégio, um menino de 6 anos tem medo de os amigos esquecerem suas falas e decora todos os textos. Vestidas de Papai Noel, três das quatro crianças se apresentam bem. Menos o pequeno Tadeu Schmidt, que após se preocupar com os colegas, tem um branco ao representar seu personagem natalino.
— Foi um trauma. Nunca mais esqueci. Eu era o último, o que dava a mensagem final. E o que eu fiz? Com grande coração, decorei o meu e o deles. Mas, achando que ia arrebentar, esqueci o que eu ia dizer num nível que não tinha volta! Ainda morro de medo de passar por isso de novo. Sempre tenho uma cola para garantir — assegura ele, que por ironia do destino virou o apresentador do “Fantástico”, para milhões de telespectadores.
A história podia servir de inspiração para o novo quadro do programa. Para ajudar os telespectadores a vencerem o medo de falar em público, a revista de variedades estreia amanhã a série “Olha quem fala”, em que três pessoas com pavor da situação passam por um treinamento com o consultor de carreiras Max Gheringuer e com o professor de oratória Reinaldo Polipo. O curso será exibido por quatro domingos na atração, com dicas a quem teme a exposição.
— Uma pesquisa internacional (publicada pelo jornal inglês “Sunday Times”) mostra que as pessoas têm mais medo de falar em público do que de morrer! A série é um serviço público para todos lidarem com esse desafio no dia a dia — reforça Poliana Abritta.
Questões de gênero
Enquanto há os que temem falar em público, há também os que querem falar e não têm oportunidade, por conta da discriminação: os transgêneros. Para dar voz a eles, Renata Ceribelli apresenta o quadro “Quem sou eu?”, com crianças, adolescentes e adultos que não se reconhecem no sexo de sua certidão de nascimento.
— Existe muita falta de informação. Isso gera preconceitos e sofrimento. Vamos abordar as várias fases da vida de uma pessoa trans, desde a descoberta, até o tratamento com hormônios e a reação das famílias. E mostrar onde elas podem procurar ajuda.
Poliana Abritta é defensora da conversa aberta. Mãe de trigêmeos de 8 anos, ela espera as perguntas dos filhos para explicar temas como esse:
— É importante falar. Já conversei sobre orientação sexual, por exemplo, ao ver um amigo chamando o outro de gay como se fosse ofensa. Desconstruí o olhar negativo na conversa.
Veja o que mais vem por aí
‘Repórter secreto’
O jornalista Eduardo Faustini volta neste domingo com investigações sobre corrupção com o dinheiro público.
Nova abertura
A revista dominical estreia sua abertura de 2017: a Companhia Urbana de Dança, com bailarinos de comunidades do Rio de Janeiro, faz seus passos rodeados de efeitos especiais associados aos quatro elementos — terra, água, ar e fogo — ao som da música tema do programa. O grupo de dança mistura hip hop com dança contemporânea.
‘Segredos de justiça’
Gloria Pires volta a protagonizar a série inspirada no livro “A vida não é justa”, de Andréa Pachá. A magistrada, registrou num livro de relatos surpreendentes com histórias ouvidas durante seu trabalho como juíza de vara de família.
Fonte:Extra
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